Os Quatro Santos Coroados — Severo, Severiano, Carpóforo e Victorino — foram escultores cristãos martirizados sob Diocleciano por se recusarem a esculpir ídolos pagãos. Suas relíquias foram veneradas em Roma, e tornaram-se padroeiros dos artesãos. São Adeodato I, papa romano entre 615 e 618, enfrentou guerras, terremotos e epidemias, dedicando-se aos enfermos. Foi o primeiro papa a usar selos de chumbo (“bullae”) em documentos oficiais.

São Vilibrordo de Utrecht (658–739), conhecido como o Apóstolo da Frísia, foi missionário inglês que evangelizou a região dos Países Baixos e fundou a abadia de Echternach, onde morreu em santidade. Seu zelo e humildade converteram povos bárbaros à fé cristã. São Herculano de Perúgia (†547) foi bispo martirizado pelos godos; segundo São Gregório Magno, seu corpo foi encontrado milagrosamente com a cabeça unida ao tronco.

Os Mártires da Indochina (1851–1862) foram missionários e fiéis que sofreram torturas e mortes cruéis no Vietnã por professarem a fé católica, destacando-se o Beato Teófanes Vénard e seus companheiros. São Leonardo de Noblac, eremita francês do século VI, renunciou às honras para viver em solidão e oração. Fundou uma comunidade monástica em Noblac e tornou-se patrono dos prisioneiros e das parturientes.

São Zacarias e Santa Isabel, pais de São João Batista, foram justos diante de Deus e receberam o anúncio do anjo de que teriam um filho abençoado desde o ventre materno. São Zacarias, segundo a tradição, morreu mártir. São Galacião e Santa Epistema, casal convertido ao cristianismo, escolheram viver em castidade, distribuíram seus bens aos pobres e foram martirizados juntos por sua fé em Cristo.

São Carlos Borromeu (1538–1584), cardeal e arcebispo de Milão, dedicou sua vida à reforma da Igreja e ao cuidado dos pobres e doentes, especialmente durante a peste de 1576. Foi exemplo de caridade, disciplina e zelo pastoral. Os santos Vital e Agrícola, mártires de Bolonha, sofreram o martírio por Cristo no século IV: Vital, escravo, foi torturado até a morte; Agrícola, seu amo, foi crucificado, dando testemunho heroico de fé.

A Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos recorda as almas do Purgatório, unindo a Igreja Militante à Padecente em oração e caridade pelos que esperam a visão de Deus. São Marciano, eremita sírio, viveu em penitência e oração no deserto, alcançando santidade pela humildade e sabedoria espiritual. São Victorino, bispo e mártir, destacou-se como exegeta das Escrituras e defensor da fé, sendo morto na perseguição de Diocleciano.

A Festa de Todos os Santos celebra todos os que alcançaram o Céu, conhecidos ou não, para agradecer a Deus e imitar suas virtudes. São Benigno de Dijon, missionário e mártir, pregou na Gália e foi morto em Dijon após grandes tormentos. São Austremônio, primeiro bispo de Clermont, evangelizou a Auvergne e é venerado como apóstolo da região, símbolo de fé e coragem na missão cristã.

São Quintino, romano, acompanhou São Luciano à Gália e pregou em Amiens, onde sofreu prisões e torturas pelo prefeito Ricciovaro, até ser decapitado; milagres acompanharam seu martírio, e seu corpo foi sepultado por cristãos. São Foillan, irmão de São Furseu, evangelizou a Ânglia e a Gália, fundou mosteiros em Nivelles e Brabante e morreu assassinado por bandidos em missão eclesiástica, sendo venerado como mártir e influente missionário irlandês.

São Narciso de Jerusalém, bispo do século II, foi conhecido por sua santidade e por milagres que confirmaram sua fé. Após falsas acusações, retirou-se para a solidão, mas mais tarde foi reintegrado e governou com sabedoria até morrer em idade avançada. Os Mártires de Douai foram mais de 160 sacerdotes formados no Colégio Inglês de Douai, que deram a vida entre os séculos XVI e XVII para manter viva a fé católica na Inglaterra perseguida.