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Vida de São Lourenço de Brindisi e Santa Praxedes, Virgem (21 de julho)


SÃO LOURENÇO DE BRINDISI — (†1619)


SÃO LOURENÇO DE BRINDISI

César de Rossi nasceu em Brindisi, no Reino de Nápoles, em 1559, numa família veneziana de certo prestígio. Foi educado primeiro com os franciscanos de sua cidade natal e depois no Colégio de São Marcos, em Veneza, sob os cuidados de um tio. Progrediu rapidamente tanto nos estudos quanto na vida espiritual e, aos dezesseis anos, entrou para o convento dos capuchinhos em Verona, recebendo o nome religioso de Lourenço. Estudando filosofia e teologia na Universidade de Pádua, destacou-se por seu extraordinário dom de línguas: aprendeu grego, hebraico, alemão, boêmio, francês, espanhol e conhecia profundamente a Sagrada Escritura. Ainda diácono, pregou sermões durante a Quaresma. Após sua ordenação, pregou com frutos em diversas cidades do norte da Itália. Em 1596, foi a Roma como definidor de sua ordem, e o Papa Clemente VIII confiou-lhe a missão de converter os judeus, tarefa na qual teve êxito por sua erudição e santidade. Mais tarde, foi enviado com o Beato Bento de Urbino à Alemanha para fundar conventos capuchinhos e combater o protestantismo. Atenderam vítimas da peste e estabeleceram conventos em Praga, Viena e Gorizia, origem das futuras províncias capuchinhas da Boêmia, Áustria e Estíria.


SÃO LOURENÇO DE BRINDISI — (†1619)

Em 1602, São Lourenço foi eleito superior geral da ordem e exerceu o cargo com vigor e caridade. Recusou a reeleição em 1605, sentindo-se chamado por Deus a outras missões. Como vigário geral, foi enviado pelo imperador Rodolfo II a uma missão diplomática para reunir príncipes alemães contra os turcos que ameaçavam a Hungria. Teve sucesso e foi nomeado capelão geral do exército reunido por seus esforços. Em batalhas como a de Szekes-Fehervar, em 1601, chegou a atuar como verdadeiro comandante, incentivando os soldados com um crucifixo nas mãos. A vitória foi atribuída à sua fé. Em Gorizia, após a campanha, teve uma visão de Cristo que lhe deu a comunhão com as próprias mãos. Evangelizou hereges na Alemanha e foi enviado à corte espanhola para unir Felipe III à Liga Católica, fundando nesse tempo um convento em Madri. Depois foi núncio em Munique, onde governou duas províncias capuchinhas e continuou a pregar e pacificar.


Em 1618, após mediar conflitos reais, retirou-se ao convento de Caserta, buscando recolhimento. Embora muito envolvido em missões políticas, sua vida interior era intensa, frequentemente arrebatado em êxtase durante a Missa, sendo essa vida espiritual a fonte de suas ações. Os nobres de Nápoles, oprimidos pelo virrey espanhol, duque de Osuna, pediram a São Lourenço que intercedesse junto ao rei Felipe. Doente e debilitado, viajou até Lisboa, onde estava o rei, e conseguiu a destituição do virrey.


Retornando a seu convento, faleceu no dia de seu aniversário, 22 de julho de 1619, e foi sepultado no cemitério das Clarissas Pobres de Villafranca. Beatificado em 1783, seus escritos foram minuciosamente examinados e considerados dignos de um doutor da Igreja. Escreveu sermões, um comentário ao Gênesis e obras contra Lutero. Foi canonizado em 1881.


Em 1911, o Pe. Antonio Brennan publicou em inglês a Vida de São Lourenço de Brindisi, baseada na obra do Pe. Boaventura de Coccaleo, que consultou os documentos do processo de beatificação. Os capuchinhos da província de Veneza publicaram, entre 1928 e 1945, nove volumes das Opera omnia de São Lourenço. A coleção inclui todo o material necessário para um estudo completo do santo e será concluída com uma biografia crítica. Sobre sua teologia mariana, destacam-se as obras: La doctrine mariale de St. Laurent de Brindis (1933), de Jérôme, e S. Lorenzo da Brindisi: discorsi mariani (1950), de Serafino. Em 1937, foi publicada em Veneza uma coletânea de testemunhos sobre sua vida e obra, organizada pelo Pe. Jérôme de Fellette. [1]


SANTA PRAXEDES, VIRGEM (Data desconhecida)


SANTA PRAXEDES, VIRGEM

Segundo a lenda, Práxedes era uma donzela romana, irmã de Santa Pudenciana. Quando o imperador Marco Aurélio desencadeou a perseguição contra os cristãos, Práxedes se dedicou a prestar-lhes toda espécie de ajuda: econômica, corporal e espiritual. A uns escondia em sua casa, a outros exortava a permanecer firmes na fé; sepultava os corpos dos mártires e providenciava tudo o que fosse necessário aos prisioneiros e aos que trabalhavam como escravos. Mas chegou um momento em que já não pôde suportar a crueldade do tirano contra os cristãos, e Práxedes rogou a Deus que a libertasse das cadeias do corpo, se essa fosse Sua vontade. Deus a chamou para receber a recompensa celeste no dia 21 de julho. O sacerdote Pastor a sepultou no túmulo de seu pai, Pudente, e de sua irmã, Pudenciana, no cemitério de Priscila, na Via Salária.


É fato que a santa foi sepultada na catacumba de Priscila, junto de Santa Pudenciana. Mas não há razão sólida para afirmar que fosse irmã desta última nem que ambas fossem filhas do senador romano Pudente, convertido por São Pedro. Originalmente, Práxedes era venerada como mártir na “ecclesia Pudentiana”. Mais tarde, porém, construiu-se uma igreja em sua honra, no lugar onde, segundo a lenda, se situava antigamente sua casa. O Papa São Pascoal I reconstruiu essa igreja, a atual “Santa Prassede”, e ordenou que para lá fossem trasladadas as relíquias da santa.


A lenda das duas irmãs pode ser vista nos Acta Sanctorum, maio, vol. IV. A comissão nomeada por Bento XIV para a revisão do Breviário declarou que os “atos” eram espúrios e não mereciam crédito algum. Sobre o culto e o “título” de Santa Práxedes, veja-se sobretudo De Waal, em Römische Quartalschrift, vol. XIX (1905), pp. 169–180 (seção arqueológica). Cf. Marucchi, Basiliques et églises de Rome (1909), pp. 323 ss., e CMH., pp. 263, 388. [2]


Referência:


  1. Butler, Alban. Vida dos Santos, vol. 3, pp. 161–163.

  2. Ibid. pp. 163.


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