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Vida de São Quintino, Mártir e São Foillan (31 de outubro)



O Martírio de São Quintino por Jacopo Pontormo
O Martírio de São Quintino por Jacopo Pontormo.

São Quintino era romano. Segundo a lenda, partiu para a Gália em companhia de São Luciano de Beauvais. Ambos pregaram juntos nesse país e só se separaram ao chegar a Amiens. São Quintino permaneceu ali, para tentar conquistar aquela região para Cristo com o trabalho e a oração. Sua recompensa foi a coroa do martírio.


O prefeito Ricciovaro, tendo ouvido falar dos progressos do cristianismo em Amiens, mandou prender São Quintino. No dia seguinte, o santo missionário compareceu diante do prefeito, que tentou em vão dobrá-lo com promessas e ameaças. Como não conseguiu, mandou açoitá-lo e o trancou em uma masmorra, onde os cristãos não podiam visitá-lo. O relato do martírio de São Quintino é composto por uma série de torturas e milagres [que para Butler poderia ser inventados].


Conta-se que ele foi atormentado no potro até ter todos os ossos deslocados; depois foi rasgado com ganchos, teve óleo fervente derramado sobre as costas e tochas acesas aplicadas aos flancos. Com a ajuda de um anjo, Quintino escapou da prisão, mas os guardas o prenderam novamente quando pregava na praça pública.


Ao partir de Amiens, Ricciovaro mandou que Quintino fosse levado a Augusta Veromanduorum (atual Saint-Quentin), e ali tentou dobrá-lo novamente. Finalmente, envergonhado por se ver vencido pelo santo, Ricciovaro mandou torturá-lo mais uma vez e decapitá-lo. No momento da execução, uma pomba saiu do pescoço decepado e perdeu-se no céu. O corpo foi lançado ao rio Somme, mas os cristãos o recuperaram e o sepultaram perto da cidade.


Dado que São Gregório de Tours já fala de uma igreja dedicada a São Quintino, não há razão para duvidar de que tenha sido um mártir autêntico. Mas sua biografia foi embelezada com toda espécie de acréscimos lendários e existem versões muito diferentes: veja-se uma lista delas em BHL., nn. 6999-7021. No longo artigo consagrado a São Quintino, em Acta Sanctorum, outubro, vol. XI, citam-se vários textos da lenda e alguns relatos da trasladação das relíquias. Desde então, descobriram-se outras versões, entre as quais se conta certo número de poemas carolíngios (Analecta Bollandiana, vol. XX, 1901, pp. 1-44). É interessante notar que Beda conhecia a lenda de São Quintino; veja-se Martyrologes historiques de Dom Quentin, que opina que a passagem de Beda é autêntica.1




São Foillan
São Foillan

São Foillan era irmão de São Furseu. Ambos os irmãos, e um terceiro, São Ultano, chegaram juntos à Inglaterra depois do ano 630 e fundaram um mosteiro em Burgh Castle, próximo de Yarmouth. Depois de evangelizar os anglos do leste durante algum tempo, São Furseu partiu para a Gália, onde morreu por volta do ano 648. O leste da Ânglia foi invadido por Penda e os mércios, que saquearam o mosteiro de Burgh Castle. Então, Foillan e Ultano decidiram seguir o exemplo de seu irmão. Assim, partiram para a Nêustria, como fizera Furseu, e foram muito bem recebidos por Clóvis II. De Péronne, São Foillan passou a Nivelles, onde a Beata Ita, viúva do Beato Pepino de Landen, havia fundado um mosteiro do qual sua filha Gertrudes era abadessa. Ita deu a Foillan algumas terras para que fundasse um mosteiro. São Foillan manteve estreito contato com a abadia de Nivelles, onde exerceu grande influência. Além disso, dedicou-se à pregação em Brabante e deixou ali profunda marca. São Foillan é um dos mais célebres entre os missionários irlandeses de segunda importância que viveram nos mosteiros do continente.


Por volta do ano 655, na véspera da Festa de São Quintino, São Foillan celebrou a Missa em Nivelles e, em seguida, partiu em viagem com três companheiros. Ao passar pelo bosque de Seneffe, alguns bandidos caíram sobre eles, roubaram-nos e os assassinaram. Os cadáveres só foram descobertos em 16 de janeiro do ano seguinte. Santa Gertrudes mandou que fossem sepultados na abadia que São Foillan havia fundado. Em algumas regiões da Bélgica, São Foillan é venerado como mártir, pois morreu no cumprimento de uma missão eclesiástica. Alguns autores afirmam que foi bispo, mas tal afirmação carece de provas.


Em Acta Sanctorum encontram-se alguns textos relacionados com o santo. O documento mais importante é o apêndice de certos manuscritos da primeira biografia de São Foillan. B. Krusch, que o publicou em MGH., Scriptores Merov., vol. IV, pp. 449–451, opina que seu autor foi testemunha ocular dos fatos e que provavelmente era um monge irlandês a serviço das religiosas de Nivelles. Esse documento descreve a morte e o sepultamento do santo. Veja-se também Kenney, Sources for the Early History of Ireland, vol. I, pp. 503–504; Crépin, Le Monastère des Scots des Fossés, em La Terre Wallonne, vols. VII (1923), pp. 357–385, e IX (1923), pp. 16–26; e L. Gougaud, Christianity in Celtic Lands, pp. 147–148.2



Referência:


1. Butler, Alban. Vida dos Santos, vol. 4, pp. 233-234.

2. Ibid. pp. 234-235.



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