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VIDA DE SANTA RITA DE CÁSSIA E SANTA HUMILDADE, VIÚVAS (22 de maio)

Atualizado: 28 de mai.

  1. SANTA RITA DE CÁSSIA, VIÚVA (†1457)

  2. SANTA HUMILDADE, VIÚVA (1310 d.C.)


SANTA RITA DE CÁSSIA, VIÚVA (†1457)


Santa Rita de Cássia recebendo o espinho de Cristo

Os pais de Rita eram humildes lavradores de Roccaporena, nos Apeninos centrais; mas sua filha, nascida em 1381, estava destinada a ser excelsa e exemplar como filha, esposa e religiosa. Sua grande santidade e poderosa intercessão lhe valeriam, um dia, o título de "santa dos impossíveis" e "advogada das causas desesperadas".


Quando nasceu, seus pais já eram bastante idosos. Desde a infância, Rita demonstrou extraordinária piedade e amor pela oração. Logo concebeu o desejo de consagrar-se ao serviço de Deus no convento das agostinianas de Cássia. No entanto, seus pais decidiram casá-la, e a jovem se submeteu humildemente, acreditando que a obediência era o melhor meio de agradar a Deus. Infelizmente, seus pais não souberam escolher-lhe um bom marido. O esposo revelou-se um homem brutal e dissoluto; por seu temperamento irascível, era o terror dos vizinhos. Rita suportou durante dezoito anos, com incrível paciência, seus insultos e infidelidades. Ao ver que seus dois filhos seguiam cada vez mais os maus exemplos do pai, sofria profundamente, mas só lhe restava chorar em segredo e orar fervorosamente por eles. Um dia, a graça de Deus tocou o coração de seu marido, que lhe pediu perdão por tudo o que a fizera sofrer. Poucos dias depois, os vizinhos trouxeram a Rita o cadáver de seu marido, coberto de feridas. Ela nunca soube se ele havia morrido numa briga ou sido vítima de uma vingança. Sua dor aumentou ainda mais quando soube que seus dois filhos haviam jurado vingar a morte do pai. A santa suplicou com fervor a Deus que não permitisse que seus filhos se tornassem assassinos. Deus ouviu sua oração: os dois adoeceram e morreram antes de consumar a vingança. Rita, que os assistiu ternamente durante a enfermidade, conseguiu que perdoassem seus inimigos antes de morrerem.


Sozinha no mundo, Rita renovou o desejo de entrar para a vida religiosa. Pediu então admissão no convento de Cássia, mas responderam-lhe que as constituições só permitiam a entrada de donzelas. A santa insistiu três vezes, e em todas recebeu a mesma recusa da priora. Finalmente, foi feita uma exceção, e ela pôde tomar o hábito em 1413. No convento, Santa Rita viveu com a mesma submissão que tivera como filha e esposa. Jamais cometeu uma única falta contra a regra. Sua superiora, para prová-la, mandou-a regar uma videira seca. A santa não apenas obedeceu como continuou a regá-la todos os dias — e a planta reviveu. Nos pontos em que a regra permitia liberdade, como nas penitências corporais, Santa Rita era implacável consigo mesma. Manifestou especial caridade no cuidado das religiosas enfermas. Com seu exemplo e suas palavras, converteu muitos cristãos tíbios. Tudo o que fazia e dizia brotava do seu grande amor a Deus, que era o motivo de sua vida. Desde menina, tivera devoção especial à Paixão de Cristo. Como religiosa, foi muitas vezes arrebatada em êxtase ao meditar nos mistérios dolorosos da vida do Senhor.


Em 1441, assistiu a um fervoroso sermão de São Tiago da Marca sobre a coroação de espinhos. Pouco depois, ajoelhada em oração, Rita sentiu uma dor aguda na testa, como se uma espinha da coroa de Cristo tivesse se cravado nela. A ferida supurou e exalava mau cheiro, a ponto de ela ter de se retirar a um canto afastado do convento para não incomodar as outras irmãs. Conta-se que a ferida desapareceu temporariamente — como Rita pedira a Deus — para que pudesse acompanhar suas irmãs numa peregrinação a Roma durante o ano jubilar de 1450. No entanto, assim que voltou ao convento, a ferida reapareceu, e ela teve de viver praticamente como reclusa até a morte.


Corpo incorrupto de Santa Rita de Cássia

Nos últimos anos, a santa sofreu ainda outra doença, suportando-a com a mesma paciência. Jamais abrandou as penitências e dormiu, até o fim da vida, sobre um catre de palha. Morreu em 22 de maio de 1457. Seu corpo permanece incorrupto até os dias de hoje. Nas igrejas dos agostinianos, são abençoadas as rosas de Santa Rita. Segundo a tradição, em seu leito de morte, a santa pediu a um visitante de Roccaporena que fosse ao jardim e lhe trouxesse uma rosa. Como ainda não era tempo de flores, o visitante duvidava conseguir atendê-la. Mas, para sua surpresa, encontrou um roseiral em flor. Levou a rosa à santa e perguntou se ela queria mais alguma coisa. “Sim — respondeu Rita —, quero dois figos.” O visitante voltou ao pomar e encontrou dois figos maduros numa figueira sem folhas.


Em inglês, há as biografias de R. Conolly, Life of St. Rita of Cascia (1903), e M. J. Corcoran, Our Own Saint Rita (1919). Em italiano, destacam-se as obras de P. Marabottini (1923) e L. Vannutelli (1925).



SANTA HUMILDADE, VIÚVA (1310 d.C.)


SANTA HUMILDADE meditando a Paixão

A fundadora das religiosas de Vallombrosa nasceu em Faenza, na Romanha, em 1226. Seus pais, ricos e nobres, deram-lhe o nome de Rosana, pois tinham parentes na cidade de mesmo nome. Contudo, na história ela é conhecida como Humildade — nome que adotou ao entrar na vida religiosa. Aos quinze anos, Rosana foi obrigada por seus pais a casar-se com um nobre da região, chamado Ugoletto. Ele era tão frívolo quanto ela era devota. Rosana teve a dor de perder seus dois filhos pouco depois do batismo. Durante nove anos, fez de tudo para conquistar o amor do marido, mas sem sucesso. Após esse período, Ugoletto adoeceu gravemente e ficou à beira da morte; ao recuperar-se, os médicos aconselharam que, dali em diante, ele vivesse com sua esposa como um irmão. Pouco tempo depois, ambos entraram nos mosteiros gêmeos de Santa Perpétua, nos arredores de Faenza: Ugoletto como irmão leigo e Rosana como religiosa de coro.


Humildade tinha então vinte e quatro anos. Logo percebeu que a vida naquela comunidade não era tão solitária e austera quanto desejava. Por isso, retirou-se primeiro para um convento de Clarissas Pobres e, depois, para uma cela construída por um parente — a quem havia curado de uma dolorosa enfermidade nos pés. Essa cela foi erguida junto à igreja de São Apolinário. Santa Humildade podia acompanhar a missa e receber a comunhão por uma pequena janela. Ao que tudo indica, essa igreja era atendida por religiosos vinculados à abadia de São Crispim de Vallombrosa. Conforme o costume, o abade de São Crispim participou da cerimônia de clausura solene de Santa Humildade. A partir de então, a santa levou uma vida de mortificação heroica: alimentava-se apenas de pão e alguns vegetais de vez em quando; usava um cilício de crina e passava as horas da noite, que furtava ao sono, ajoelhada de frente para a parede. Santa Humildade recusou-se a ver novamente seu marido após a separação; mas ele não conseguia esquecê-la e, para estar perto dela, ingressou na abadia de São Crispim, onde faleceu três anos depois.


SANTA HUMILDADE REZANDO

Quando Humildade já vivia há doze anos reclusa, o abade de Vallombrosa convenceu-a a deixar o retiro para fundar um convento feminino. Assim, Santa Humildade fundou, fora das muralhas de Faenza, num lugar chamado Malta, o primeiro convento de religiosas de Vallombrosa, sob o nome de Santa Maria Novella della Malta. Humildade foi a primeira abadessa. Muito tempo depois, em 1501, as religiosas tiveram de se transferir, por razões de segurança, para o local que outrora abrigara o mosteiro de Santa Perpétua. Pouco antes de sua morte, Santa Humildade fundou outro convento em Florença, onde também exerceu o cargo de abadessa. Ali faleceu, aos oitenta anos de idade, no dia 22 de maio de 1310.


A tradição atribui a Santa Humildade diversos tratados. Diz-se que os ditou em latim, embora nunca tivesse estudado essa língua. Um desses tratados trata sobre os anjos, e a santa afirma que viveu em constante comunicação com dois espíritos celestes, um dos quais era seu anjo da guarda.


Nos Acta Sanctorum há uma biografia escrita por um contemporâneo, retirada de um manuscrito autenticado por um notário em 1332. Entre as biografias modernas, destacam-se a de M. Ercolani (1910) e uma obra mais breve da Sra. de M. E. Pietromarchi, S. Umilita Negusanti (1935). Os tratados latinos de Santa Humildade foram editados por Torello Sala, em Florença (1884).


Referência:

Alban Butler, Vida dos Santos, volume 2,

pp. 350-352. Versão espanhola (1965).

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