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Vida dos santos Macabeus, mártires e São Pedro Ad Vincula (1 de agosto)


SÃO PEDRO AD VINCULA


SÃO PEDRO AD VINCULA

Na vida de São Tiago Maior, conta-se que Herodes Agripa, depois de mandar matar o Apóstolo para agradar ao povo, tentou conquistar ainda mais seu favor e prendeu São Pedro. O tirano planejava condenar à morte o Príncipe dos Apóstolos após a festa da Páscoa. Toda a Igreja se pôs em oração, pedindo a Deus que salvasse “da morte o Supremo Pastor”. Por sua vez, Herodes tomou todas as precauções possíveis para impedir que o prisioneiro escapasse, pois anteriormente os Apóstolos já haviam sido libertos por um anjo. São Pedro, perfeitamente sereno e resignado à vontade de Deus, dormia na noite anterior ao dia em que deveria comparecer diante do povo, quando Deus decidiu salvá-lo das mãos de seus inimigos. São Pedro dormia entre dois soldados, aos quais estava acorrentado. De repente, a prisão se iluminou, e um anjo despertou São Pedro, tocando-o na lateral. O mensageiro de Deus deu ao Apóstolo a ordem de levantar-se, lançar a capa sobre os ombros, calçar as sandálias e segui-lo. As correntes caíram das mãos de São Pedro, que, pensando tratar-se de um sonho, levantou-se e seguiu o anjo. Juntos atravessaram duas portas das celas, e a porta de ferro da prisão, que dava para a rua, abriu-se sozinha. O anjo acompanhou o Apóstolo por uma rua e desapareceu repentinamente. Até então, São Pedro acreditava estar sonhando, mas naquele momento compreendeu que o Senhor realmente enviara um anjo para livrá-lo das mãos de Herodes e da hostilidade dos judeus. Imediatamente dirigiu-se à casa de Maria, mãe de João Marcos, onde alguns discípulos estavam em oração por ele. Uma mulher abriu a porta e, ao ouvir a voz de Pedro, correu para anunciar aos outros que o Apóstolo estava ali. Os discípulos pensaram que Deus lhes havia enviado o anjo de Pedro, até que o próprio Apóstolo lhes relatou o ocorrido. Após informar-se sobre o destino de Tiago e dos outros Apóstolos, São Pedro retirou-se para um lugar mais seguro. No dia seguinte, Agripa condenou à morte os guardas, pensando que, por negligência ou cumplicidade, haviam sido culpados da fuga do Apóstolo.


O próprio do Ofício e da Missa de hoje fazem pensar que se trata da celebração do acontecimento acima narrado. No entanto, a festa comemorava originalmente a dedicação de uma igreja de São Pedro e São Paulo no monte Esquilino. O Martirológio de Jerônimo diz a esse respeito: “Em Roma, a dedicação da primeira igreja que se construiu em honra do bem-aventurado Pedro.” Tal afirmação é errônea, pois o nome de titulus apostolorum só foi atribuído a essa paróquia no fim do século IV e referia-se também a São Paulo, como o provam as inscrições. A igreja foi reconstruída e consagrada pelo Papa São Sisto III, entre os anos 432 e 440, com o nome de titulus Eudoxiae, em honra da princesa bizantina que tanto contribuiu para sua reconstrução. Essa igreja só passou a ser chamada de “São Pedro ad Vincula” um século mais tarde. O título fazia alusão às correntes que prenderam o Apóstolo em Roma e que ali se conservavam. Posteriormente, essa relíquia foi confundida com as correntes que São Pedro havia levado em Jerusalém, e inventou-se a lenda de que a imperatriz enviou de Jerusalém a Roma uma daquelas correntes, que se teria soldado milagrosamente com a que já estava ali. A lenda citada figura no segundo noturno dos matinas da festa. O Papa Bento XIV tinha intenção de mudar esse noturno.


Antigamente celebrava-se em algumas igrejas uma Missa em ação de graças pelos frutos da colheita, e abençoavam-se o pão e a farinha. Segundo os livros litúrgicos, os gregos e os latinos costumavam abençoar neste dia, ou no dia 6 de agosto, as uvas da colheita do ano.


A festa de São Pedro ad Vincula foi suprimida do Calendário Romano por um "Motu Proprio" do antipapa João XXIII, de 25 de julho de 1960.


Ver: H. Grisar, Geschichte Roms und der Papstum, vol. 1, p. 190, e o artigo do mesmo autor em Civiltà Cattolica, vol. 11 (1898), pp. 204–221; J. P. Kirsch, Die römischen Titelkirchen, pp. 45–52; e CMH, pp. 409 ss. [1]


OS SANTOS MACABEUS, MÁRTIRES (¿168? a.C.)


OS SANTOS MACABEUS, MÁRTIRES

Macabeu era o segundo nome de Judas, o terceiro filho de Matatias, que foi o primeiro chefe dos judeus na rebelião contra Antíoco IV Epifânio. Mais tarde, o nome de Macabeus foi aplicado a todos os familiares e descendentes de Matatias e àqueles que os seguiram na revolta contra o rei da Síria. Entre eles se contavam os santos que celebramos neste dia. Os Macabeus são os únicos mártires do Antigo Testamento que são comemorados na Igreja universal e também os únicos que figuram no calendário geral da Igreja do Ocidente. No Oriente, são bastante comuns as festas dos santos do Antigo Testamento. Em contrapartida, no Ocidente, só se celebra a comemoração dos Macabeus, excluindo-se a diocese latina de Jerusalém e as comemorações próprias de algumas ordens religiosas, como as de São Elias e São Eliseu entre os carmelitas.


Os judeus se rebelaram porque Antíoco queria impor-lhes a religião grega, mas o pretexto para que estourasse a rebelião foi a perseguição que Antíoco empreendeu contra os judeus, como uma válvula de escape para seu furor diante da derrota sofrida pelo Senado Romano em sua segunda campanha contra o Egito (168 a.C.). Com efeito, Antíoco enviou a Jerusalém o general Apolônio à frente de vinte e dois mil homens, com a ordem de helenizar a cidade; caso os judeus resistissem, deveria matá-los sem piedade e substituí-los por estrangeiros. O mais famoso dos mártires judeus que preferiram morrer a transgredir a lei divina foi Eleazar. Era um ancião de venerável aspecto e um dos principais escribas ou doutores da Lei. Os perseguidores, convencidos de que o povo seguiria o exemplo de Eleazar, tentaram fazê-lo apostatar por meio de lisonjas, ameaças e violências, mas o ancião não cedeu. Alguns dos que presenciavam a tortura, movidos de compaixão, aconselharam que se desse a Eleazar um pouco de carne de boi, que não estava proibida pela Lei, a fim de que os judeus pensassem que ele havia comido carne de porco, e o rei ficasse satisfeito. Mas Eleazar recusou esse subterfúgio, dizendo que os jovens se sentiriam autorizados a violar a Lei, já que ele, aos noventa anos de idade, teria adotado os ritos dos gentios. Em seguida, acrescentou que, se cometesse tal crime, não escaparia vivo nem morto da mão vingadora do Todo-Poderoso. Levado ao local da execução, Eleazar exclamou antes de morrer sob a flagelação: “Senhor, cujo olhar perscruta o mais oculto dos corações. Tu vês a tortura que estou sofrendo. Mas minha alma se regozija por sofrer por causa da Lei, pois eu Te temo.”


Ao martírio de Eleazar seguiu-se o de outros sete irmãos, que sofreram a tortura, um após outro, com invencível coragem, animados por sua própria mãe. A morte do mais jovem foi ainda mais cruel que a de seus irmãos.


A mãe, depois de ter oferecido a Deus as vidas de seus filhos, sacrificou a sua própria antes de transgredir a Lei do Altíssimo. Ignoramos o nome dos mártires e o local em que foram sacrificados.

Veja-se o Segundo Livro dos Macabeus, vi 18-31; CMH., pp. 408-409; DAC., vol. XI, col. 12-13. Provavelmente a razão pela qual a Igreja começou muito cedo a venerar os Macabeus foi porque seu martírio simbolizava o do imenso exército de cristãos que, com o tempo, seguiriam seu exemplo na tortura. O Breviarium sírio, do início do século V, associa o nome dos Macabeus ao de Antíoco. O nome dos mártires também figura nos Fasti de Polemio Silvio, no calendário cartaginês e no Hieronymianum. É curioso observar que na igreja de São Pedro ad Vincula, da qual acabamos de falar, há um sarcófago dividido em sete compartimentos, com uma inscrição que afirma que ali se conservam os ossos e as cinzas dos sete Macabeus e de seus pais. Acrescentemos que São Leão Magno, num sermão que pregou em 1º de agosto, provavelmente nessa igreja, menciona a dupla celebração da dedicação do templo e do martírio dos Macabeus. São Jerônimo, que havia visto as relíquias dos Macabeus em Modin, se perguntava como podiam os antioquenos afirmar que as possuíam em sua cidade. A dificuldade não tem solução. Cf. Delehaye, Les origines du culte des martyrs, pp. 201-202. [2]


Referência:


  1. Butler, Alban. Vida dos Santos, vol. 3, pp. 237–238.

  2. Ibid. pp. 239-240.


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