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Vida de São Eusébio de Roma e São Marcelo de Apameia, Mártir (14 de agosto)



SÃO EUSÉBIO DE ROMA

São Eusébio viveu em Roma durante a segunda metade do século IV. Infelizmente, o que sabemos acerca de sua vida procede de umas “atas” que carecem de valor histórico. Segundo elas, Eusébio era um sacerdote que se opôs ao imperador ariano Constâncio, apoiou “São Félix II” (29 de julho) e continuou celebrando em sua casa os sagrados mistérios quando lhe foi proibido fazê-lo nas igrejas. Por isso, foi encarcerado em um pequeno aposento de sua própria casa, onde morreu sete meses mais tarde. Diz-se que foi sepultado no cemitério de Calisto, na Via Ápia, e que em sua tumba foi colocada a seguinte inscrição: “Eusebio homini Dei, isto é, “Eusébio, o varão de Deus”. Talvez este dado seja verdadeiro, mas a tumba não foi descoberta até hoje.


Este é um dos casos em que possuímos certas provas da existência histórica de uma pessoa a quem se tributou algum culto, embora a lenda que narra sua vida não mereça nenhum crédito. Está fora de dúvida que Eusébio fundou em Roma o que poderíamos chamar de uma paróquia, conhecida com o nome de “titulus Eusebii”. Por essa razão, celebrava-se anualmente uma missa pelo descanso de sua alma. Com o tempo, o povo começou a acreditar que se tratava de uma missa em sua honra; assim, no ano 595 já se chamava à paróquia “titulus sancti Eusebii”.


Ver Delehaye, Sanctus (1927), p. 149; J. Wilpert, em Römische Quartalschrift, vol. XXII, pp. 80-82; J. P. Kirsch, Die römischen Titelkirchen, pp. 58-61. Em CMH., pp. 443-444, apresentam-se todos os argumentos. Alban Butler reproduzia no dia de hoje toda a paixão de um mártir chamado Eusébio, na Palestina. Mas tal documento carece de valor histórico; dado que, por outro lado, não existe nenhum vestígio do culto desse obscuro mártir, não falaremos dele. [1]



SÃO MARCELO, BISPO DE ÁPAMEIA

Uma das grandes empresas do imperador Teodósio, o Grande, foi a tentativa de cristianizar profundamente o Império Romano. Para isso, no ano 380, juntamente com o imperador Graciano, publicou um decreto pelo qual ordenava que todos os seus súditos professassem a fé dos bispos de Roma e Alexandria. Oito anos mais tarde, enviou um legado ao Egito, Síria e Ásia Menor para que exigisse a execução do édito de destruição de todos os templos pagãos. Tal édito foi aplicado de forma brutal, de modo que provocou naturalmente o ressentimento e a cólera dos pagãos. Quando o prefeito imperial chegou a Ápameia, na Síria, ordenou a seus soldados que destruíssem o templo consagrado a Júpiter. Mas tratava-se de um templo muito grande e bem construído, e os soldados, que não tinham experiência em demolição sistemática, avançavam muito lentamente. O bispo da cidade, chamado Marcelo, disse ao prefeito que pusesse seus soldados a trabalhar em outro templo e que ele se encarregaria da demolição do templo de Júpiter. No dia seguinte, um pedreiro apresentou-se ao bispo e ofereceu-se para derrubar o templo de Júpiter em troca de pagamento dobrado. São Marcelo aceitou. Então o pedreiro procedeu à demolição da seguinte maneira: cavou um buraco debaixo de uma das colunas principais, encheu-o de lenha e ateou fogo. O templo veio abaixo.


São Marcelo empregou o mesmo método na demolição de outros templos. Mas, em certa cidade, cujo nome desconhecemos, o santo encontrou um templo defendido pelos pagãos, de modo que “teve de retirar-se para um lugar situado longe da cena do conflito e fora do alcance das flechas, já que sofria de gota e não podia lutar nem fugir”. Enquanto o santo bispo contemplava a batalha desse posto de observação, alguns pagãos o fizeram prisioneiro e o queimaram vivo. Mais tarde, os filhos de São Marcelo tentaram vingar sua morte; mas o conselho da província proibiu-os, dizendo-lhes que deviam, antes, regozijar-se por Deus ter julgado seu pai digno de morrer por Sua causa. Não se deve confundir este São Marcelo com o outro santo do mesmo nome, originário de Ápameia e abade de Constantinopla, cuja festa se celebra a 29 de dezembro.


No artigo do Acta Sanctorum, agosto, vol. II, encontram-se todos os dados que possuímos sobre o santo. A principal fonte é a Hist. Eccl. de Teodoreto, liv. V, c. 21. Dada a atitude belicosa de Marcelo, é difícil considerá-lo como mártir. [2]


Referência:


  1. Butler, Alban. Vida dos Santos, vol. 3, pp. 332–333.

  2. Ibid. p. 333.


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“O ROSÁRIO
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Padre Pio
 

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- Papa Pio XII
 

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A castidade faz o homem semelhante aos anjos.”
- São Gregório de Nissa
 

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O sofrimento de Jesus na Cruz nos ensina a suportar com paciência nossas cruzes,
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Santo Afonso MARIA de Ligório

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