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Os Três Reis Magos e a Vida de São Apolinário, mártir (23 de julho)


SÃO APOLINÁRIO, BISPO DE RAVENA, MÁRTIR (Data desconhecida)


SÃO APOLINÁRIO, BISPO DE RAVENA

São Apolinário foi o primeiro bispo de Ravena e o único mártir dessa cidade cujo nome é conhecido. Segundo os relatos de seu martírio, Apolinário nasceu em Antioquia, onde foi discípulo de São Pedro, e o Príncipe dos Apóstolos o nomeou bispo de Ravena. Mas trata-se de uma fábula do século VII, talvez inventada para dar prestígio à sede episcopal daquela cidade. São Apolinário foi um dos mártires mais famosos da Igreja primitiva, e a grande veneração que lhe era prestada é o melhor testemunho de sua santidade e espírito apostólico, mas isso não nos autoriza a dar crédito à lenda. Segundo esta, Apolinário curou milagrosamente a esposa de um oficial, e tanto o marido quanto a mulher se converteram ao cristianismo. Também curou um surdo chamado Bonifácio e obteve tal quantidade de conversões, que as autoridades o desterraram da cidade. Então, Apolinário foi pregar o Evangelho em Bolonha, onde converteu todos os membros da família do patrício Rufino. Partiu novamente para o exílio e, durante a travessia, naufragou nas costas da Dalmácia, onde foi maltratado por pregar o Evangelho. Apolinário voltou três vezes à sua sede, e outras tantas foi capturado, torturado e novamente desterrado. Na quarta visita, o imperador Vespasiano publicou um decreto que condenava ao exílio todos os cristãos. São Apolinário conseguiu esconder-se por algum tempo com a ajuda de um centurião cristão, mas foi finalmente descoberto pela população, que o levou ao bairro de Classis, onde o espancaram até deixá-lo como morto. São Pedro Crisólogo, o mais ilustre dos sucessores de São Apolinário, qualificou-o como mártir em um de seus sermões, mas acrescentou que Deus preservou a vida de Apolinário por muito tempo para o bem de sua Igreja e não permitiu que os perseguidores lhe tirassem a vida. Nesse caso, só se pode dizer que foi mártir pelos tormentos que sofreu por Cristo. No cânon da missa do rito de Milão, São Apolinário é mencionado.


SÃO APOLINÁRIO, BISPO DE RAVENA

Em seus sermões, São Pedro Crisólogo afirma que São Apolinário foi bispo de Ravena e mártir. Praticamente a isso se resume tudo o que sabemos sobre ele. A biografia dos Acta Sanctorum, julho, vol. V, certamente não é anterior ao século VII, e não parece apoiar-se numa tradição autêntica. Dom Lanzoni, Le fonti della leggenda di Sant'Apollinare di Ravenna (1915) e Le diocesi d’Italia (1923), pp. 455 ss., discute a fundo o problema. Veja-se também E. Will, S. Apollinaire de Ravenne (1936); Delehaye, L’Hagiographie ancienne de Ravenne, em Analecta Bollandiana, vol. XV (1929), pp. 5-30; Zattoni, La data della Passio S. Apollinaris (1904), e os outros estudos do mesmo autor; M. G. Loreta, Le chiese di S. Apollinare (1924); e CMH, pp. 390-392. [1]


OS TRÊS REIS MAGOS (Século I)


OS TRÊS REIS MAGOS

No Evangelho não se diz que os magos ou sábios do oriente fossem três; mas a tradição que o afirma é muito antiga e se baseia, sem dúvida, nas três espécies de dons que o Evangelho menciona. Alguns dos afrescos mais antigos das catacumbas representam três reis, mas outros mostram dois, quatro e até seis magos, provavelmente por motivos artísticos. Alguns dos Padres, como Orígenes (Hom. in Genesim, XVI, 3), São Máximo de Turim e São Leão consideram como coisa certa que os magos eram três. Talvez a determinação desse número também tenha sido influenciada pelo fato de que frequentemente se compara ou se contrapõe os magos aos três jovens que louvaram a Deus na fornalha ardente, conforme relata o Antigo Testamento.


Nos afrescos das catacumbas, assim como nas mais antigas gravuras dos sarcófagos, os magos são sempre representados com gorros frígios. A ideia de que eram reis espalhou-se posteriormente, e é possível que tenha se originado no Salmo 71(72), 10: “Os reis de Társis e das ilhas trarão presentes; os reis de Sabá e de Seba oferecerão dons”. Ao que parece, São Cesário de Arles, que morreu no ano 543, foi o primeiro a citar esse salmo com tal propósito (Migne, PL., vol. XXXIX, col. 2018), e, a partir do século VIII, os magos aparecem em todas as representações com a coroa real.


OS TRÊS REIS MAGOS

Mais tarde, o povo cristão deu nomes próprios a cada um dos três. Um manuscrito de Paris, que data do século VIII, os chama de “Bithisarea, Melchior e Gathaspa”. Numa miniatura do Codex Egberti (c. 990) aparecem dois nomes: “Pudizar” e “Melchias”. Apesar dessas leves divergências, não há dúvida de que daí se derivaram os nomes de Melquior, Gaspar e Baltasar. Nas pinturas posteriores da Idade Média, um dos magos é quase sempre um jovem, outro de meia-idade e o terceiro, um ancião. O costume de representar um dos magos como homem negro data do século XV.


Segundo a lenda, os restos dos magos repousam na catedral de Colônia, numa capela que constitui um dos mais belos exemplos da arte medieval na ourivesaria. Não há razão para duvidar de que tais relíquias sejam as que foram transladadas, em 1164, da basílica de Santo Eustórgio, em Milão, depois que Frederico Barba-Ruiva as presenteou ao arcebispo de Colônia. No entanto, a história anterior das relíquias é menos clara, embora já no século IX se acreditasse, em Milão, que pertenciam aos Reis Magos. Conta-se que teriam sido transportadas de Constantinopla para Milão, provavelmente na época do imperador Zenão (474–491); mas ignoramos como essas relíquias foram identificadas como pertencentes aos magos e como chegaram a Constantinopla.


RELÍQUIAS DOS TRÊS REIS MAGOS

É indiscutível que, na Idade Média, o culto aos magos era muito popular, sobretudo na Alemanha. Ao seu desenvolvimento contribuíram as peregrinações à catedral de Colônia e os “mistérios” medievais, nos quais os magos desempenhavam papel muito importante. Frequentemente, eram venerados como padroeiros dos viajantes.



Veja-se: Hugo Kehrer, Die heiligen Drei Könige, em Literatur und Kunst (2 vols., 1909); Kraus, Geschichte der christl. Kunst, vol. I, p. 151, e muitas outras passagens; H. Detzel, Christliche Ikonographie (1896), vol. II, pp. 473–475; e G. Messina, I Magi a Betlemme (1933). [2]


Referência:


  1. Butler, Alban. Vida dos Santos, vol. 3, pp. 173–174.

  2. Ibid. pp. 174-175.


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